Davi teve o braço reimplantado após um acidente de ônibus em São CristóvãoArquivo Pessoal

Rio - O menino Davi Geovane Guimarães, de 8 anos, que teve o braço direito amputado e depois reimplantado após um acidente de ônibus em setembro do ano ado, em São Cristóvão, na Zona Norte, ará por uma nova cirurgia nesta quinta-feira (12). Ao DIA, a mãe Aparecida Guimarães, 47, revelou a expectativa e ansiedade para o novo procedimento.

"Vai ser uma cirurgia bem trabalhosa, de 18h, mas já deu tudo certo. Espero dessa cirurgia que o Davi tenha os movimentos da mão e do braço", revelou.

Segundo a Aparecida, o menino vem se adaptando à nova rotina. Muito esperto, ele está aprendendo a escrever com a mão esquerda e também tem feito natação. "O Davi está ótimo, graças a Deus. Mas ele está muito ansioso e eu também", afirmou.

A cirurgia será realizada no Hospital Estadual da Criança (HEC). Segundo a Secretaria de Estado de Saúde, o menino ainda precisa ar por uma série de procedimentos cirúrgicos para reconstrução da função do membro reimplantado.

"Na quinta-feira (12) será feita uma osteossíntese para consolidação do osso do braço. Em aproximadamente duas semanas, ele será submetido a um novo procedimento para devolver a função de flexão do cotovelo", explicou em nota.

A osteossíntese consiste em um procedimento cirúrgico ortopédico que visa a fixação de fraturas ósseas, ou seja, a reunião de fragmentos de osso fraturado para que possam cicatrizar corretamente.

O acidente
O ônibus em que estava a criança e a mãe tombou nas imediações do Campo de São Cristóvão, altura da Rua Senador Alencar, na Zona Norte, a noite do dia 6 de setembro de 2024, deixando outras 26 pessoas feridas. O coletivo fazia a linha 476 (Méier - Leblon).
Na ocasião, o motoboy Diogo Mendes, que ava pelo local, levou Davi e Aparecida até o hospital mais próximo e depois retornou ao ônibus para buscar os pertences da família. Foi neste momento que ele encontrou o braço da criança, que havia sido colocado em uma mochila de entregas, com gelo, por equipes do Corpo de Bombeiros. Por conta da rapidez do socorro, os médicos conseguiram realizar o reimplante no braço do menino.