Rio - O governador Cláudio Castro sancionou a lei que proclama oficialmente Jesus Cristo como o "Guardião do estado do Rio de Janeiro". A medida foi publicada no Diário Oficial desta quinta-feira (12). Apresentado originalmente em 2022 pela deputada Tia Ju (Republicanos), o projeto foi aprovado em segunda discussão no último dia 20, na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj).
A nova legislação prevê que o governo realize solenidades anuais em homenagem a Jesus Cristo, com a prestação de honras simbólicas em reconhecimento ao título de guardião. A deputada justificou a proposta ressaltando a relevância espiritual da figura de Jesus para a população fluminense. "É incontestável que o estado do Rio de Janeiro precisa muito ser guardado por aquele que se dispôs a entregar a própria vida para nos salvar", disse a parlamentar.
Também assinam o projeto como coautores os deputados Carlos Macedo (REP), Samuel Malafaia (PL), Chico Machado (SDD), Rodrigo Amorim (União), Danniel Librelon (REP), Rodrigo Bacellar (União) e Marcos Muller (PL).
Figura central da fé cristã, Jesus Cristo é considerado o mensageiro e filho de Deus pelos cristãos, que representam 83,6% da população brasileira, segundo o Censo de 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Um a cada quatro brasileiros se diz evangélico, revela IBGE
A proporção de evangélicos na população brasileira continua crescendo, segundo dados do Censo 2022, divulgados nesta sexta-feira (4) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O levantamento mostra que 26,9% dos brasileiros, ou seja, mais de um quarto da população, se identificavam como seguidores dessa denominação religiosa.
O Censo incluiu no levantamento apenas pessoas com 10 anos ou mais de idade.
O grupo dos evangélicos foi o que mais cresceu entre 2010 e 2022 (5,3 pontos percentuais), segundo o IBGE, já que, segundo o Censo anterior, de 2010, eles representavam 21,6% dos brasileiros, um pouco mais de um quinto da população.
Os sem religião, que incluem qualquer pessoa que não se identifica com nenhuma denominação e aquelas que não têm qualquer fé (ateus e agnósticos), também cresceram, de 7,9%, em 2010, para 9,3%, em 2022.
Por outro lado, os católicos apostólicos romanos recuaram no país, de 65%, em 2010, para 56,7%, em 2022. A queda da participação dos católicos no total da população vem sendo registrada em toda a série histórica do levantamento, iniciada em 1872.
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