Quem era e o que se sabe sobre a execução de policial militar em Guapimirim

Rio - A Polícia Civil investiga a execução, em plena luz do dia, do policial militar Uillian de Oliveira, de 44 anos, na Vila Olímpia, em Guapimirim, Baixada Fluminense. O crime aconteceu na manhã da última quarta-feira (11), e até o momento nenhum suspeito foi preso.

Uillian era cabo da Polícia Militar e integrava a corporação há 12 anos. Desde agosto de 2021, ele estava lotado no 34º BPM (Magé). Segundo informações preliminares, o policial foi atacado a tiros quando chegava em casa. Ele havia acabado de sair de um plantão.

Uma das principais linhas de investigação aponta que o homicídio pode ter sido uma retaliação de criminosos ligados à facção Comando Vermelho (CV), que domina áreas de Magé, região onde o PM atuava de forma intensa no combate ao tráfico de drogas. No último dia 30, o batalhão em que Uillian atuava prendeu um homem com grande quantidade de drogas no bairro Vila Olímpia, onde o policial morava.

A facção estava, até o fim de 2024, em confronto com o Terceiro Comando Puro (T) pela disputa de territórios e pontos de venda de drogas em vários bairros de Magé. 

Crime foi flagrado por câmera de segurança

Imagens de uma câmera de segurança flagraram toda a ação e estão sendo analisadas pela Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF), que conduz a investigação. No vídeo, é possível ver o cabo Uillian estacionando o carro em frente a uma casa. Logo depois, um veículo emparelha ao lado do dele e um dos criminosos, ainda dentro do carro, faz os primeiros disparos.

Na sequência, outro homem desce do veículo e também atira. Após a fuga do primeiro grupo, um segundo carro se aproxima da vítima e um terceiro atirador realiza novos disparos. O último criminoso se aproxima do corpo do policial e atira novamente, sem dar qualquer chance de defesa. Veja o vídeo:

O cabo Uillian de Oliveira deixa esposa e uma filha menor de idade. O corpo dele foi sepultado nesta quinta-feira (12), no Cemitério Nossa Senhora da Piedade, em Magé. O 34º BPM lamentou a morte do agente: "Descanse em paz, guerreiro! Seu legado jamais será esquecido", escreveu a corporação.