Médica revela principais sintomas da condição no corpo femininoReprodução/internet

Olá, meninas!
Nos últimos tempos, existe um aumento na atenção dedicada ao bem-estar das mulheres durante a menopausa. Minha coluna, inclusive, tem chamado a atenção para diversos tópicos relacionados à menopausa e saúde da mulher.
A evolução das pesquisas e o avanço na formação dos profissionais de saúde têm contribuído para melhorias na qualidade de vida nesse período. Apesar disso, ainda existem temas importantes que seguem pouco debatidos, como a síndrome geniturinária. Conforme dados da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO), essa condição afeta de 36% a quase 90% das mulheres no climatério e na pós-menopausa.
Mas vocês sabem que tipo de síndrome é esta? Para tirar algumas dúvidas, conversei com a dra. Yara Dantas, especialista em Geriatria, Nutrologia e Medicina ortomolecular. Confira abaixo algumas perguntas que fiz para a doutora:
O que é a síndrome geniturinária da menopausa (SGM) e como ela se diferencia de outras condições?
A SGM é caracterizada por um conjunto de sintomas e alterações que ocorrem no trato geniturinário devido à diminuição dos níveis de estrogênio.

Depois da menopausa podem surgir alterações nos tecidos da vagina, vulva, uretra e da bexiga e sintomas como secura vaginal, dor durante o ato sexual, irritação e infecções urinárias recorrentes.

A SGM se diferencia de outras patologias principalmente pela presença simultânea de sintomas urinários e vaginais, como ressecamento, ardência, dor nas relações sexuais e urgência miccional.

Na bexiga hiperativa, por exemplo, que tem sintomas semelhantes na parte urinária não aparecem os sintomas vaginais típicos da SGM.

⁠Quais são os principais sintomas da SGM e como afetam a qualidade de vida?

Secura vaginal, ardência e irritação; dor nas relações sexuais (dispareunia); infecções urinárias recorrentes; incontinência urinária e dificuldade para controlar a bexiga.

Esses sintomas comprometem a lubrificação e a elasticidade vaginal, aumentam a sensibilidade da região íntima e afetam o funcionamento do trato urinário, o que prejudica a vida sexual e a autoestima da paciente.
Como pode ser feito o diagnóstico?

O diagnóstico é principalmente clínico, baseado na anamnese e no exame ginecológico, com foco nos sintomas e sinais de atrofia genital e urinária. O exame pélvico permite avaliar a vagina e o colo do útero, externamente e internamente, e identificar os sinais de atrofia, como paredes vaginais finas e pálidas.

⁠A reposição hormonal é recomendada para todas as mulheres com SGM?

Não, a decisão de iniciar a reposição hormonal deve ser individualizada, considerar os benefícios e riscos para cada mulher, a gravidade dos sintomas e a presença de contraindicações.

A reposição não é uma solução universal para todos os sintomas e nem todas as mulheres necessitam de tratamento hormonal para lidar com a SGM.
Existem medidas preventivas para evitar a SGM?

Não existe uma forma definitiva de prevenir a SGM, pois ela é um reflexo natural da diminuição dos níveis de estrogênio durante a menopausa. Mas algumas medidas podem ajudar a aliviar os sintomas como consultas regulares com o ginecologista, para monitorar a saúde hormonal e identificar precocemente qualquer alteração; hidratantes e lubrificantes vaginais para reduzir a secura e o desconforto durante as relações sexuais; atividade sexual regular para manter a elasticidade e o fluxo sanguíneo nos tecidos genitais.

Em casos de sintomas mais intensos, o uso de estrogênio tópico vaginal pode ser recomendado pelo médico. É importante evitar produtos de higiene íntima agressivos, que podem piorar a irritação local. Além disso, manter uma alimentação saudável, com alimentos ricos em fitoestrogênios como soja e linhaça, pode ajudar a promover o equilíbrio hormonal de forma natural.

Com que frequência a mulher deve consultar o ginecologista para monitoramento?
A frequência com que uma mulher deve consultar um ginecologista varia de acordo com a intensidade dos sintomas e a resposta ao tratamento. Em geral, uma consulta anual é recomendada, mas em alguns casos, podem ser necessárias consultas mais frequentes.
E aí, meninas!? Gostaram do conteúdo? Aproveito para te convidar a me acompanhar pelas redes sociais (@gardeniacavalcanti) e no programa Vem com a Gente, transmitido ao vivo de segunda a sexta, a partir das 13h40, na tela da Band Rio. Espero por sua audiência lá!